230 | Brasil - O gigante e sua encenação pública
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Editorial:
Com a organização da Copa do Mundo em junho de 2014 e
dos Jogos Olímpicos de 2016 o Brasil destaca sua ambição
de se tornar uma potência mundial, infelizmente aos custos
de uma significativa parte da população e sem tematizar este
fato amplamente na mídia brasileira. Devido às construções
dos megaeventos esportivos, populações dos centros
urbanos brasileiros são expulsas de seus espaços sem
compensação adequada. Favelas são, assim, „pacificadas“.
O desrespeito aos direitos humanos vai além dos estádios
de futebol. As vítimas são jovens marginalizados, indígenas,
comunidades tradicionais e sem terras. O dia-a-dia destes é
marcado pela violência e repressão e permanecem
despercebidos pela mídia.
O descontentamento geral explodiu em junho deste ano.
Inúmeros jovens foram mobilizados pelas plataformas de
mídias sociais. Manifestações locais transformaram-se em
uma onda de protestos nacionais. O Brasil passa a ter,
assim, um problema com a sua imagem. Nos últimos anos o
País tem sido considerado e admirado internacionalmente
como modelo de desenvolvimento econômico e políticosocial.
A encenação do Brasil é apresentada não só pela
política do partidos no poder mas, também, por uma
poderosa mídia. Apenas dez grandes famílias com suas
empresas dividem o monopólio da imprensa escrita, falada e
televisiva. Elas determinam que informações o público deve
ou não receber.
Desde do período da ditadura militar a estrutura da mídia no
Brasil não pôde se desenvolver democraticamente. Como
resposta a esse processo vem se estabelecendo há muitos
anos no Brasil uma mídia alternativa que se posiciona
criticamente através de uma própria imprensa escrita, blogs,
filmes e rádios populares. A rede de mídias sociais (web
2.0/facebook) tem uma grande importância na dispersão das
notícias. Paralela à imprensa clássica surge uma mídia mais
consciente.
Esta edição do Brasilicum acompanhe a Mesa Redonda Brasil 2013 e quer fornecer importantes objeições para a discussão sobre as mídias, os movimentos de protesto e a violência no Brasil actual.
A redação