Brasil 2018: Eleições, Raiva, Resistência ... e o novo poder do agronegócio
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- Brasil 2018: Eleições, Raiva, Resistência ... e o novo poder do agronegócio
- 2018-04-13T23:00:00+02:00
- 2018-04-15T16:30:00+02:00
- Encontro da Primavera da KoBra em cooperação com Allerweltshaus Köln com assembleia geral da KoBra
- Quando 13/04/2018 23h00 até 15/04/2018 16h30 (Europe/Berlin / UTC200)
- Onde Colônia
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No Brasil, o agronegócio continuou a ganhar poder econômico nos últimos anos. Somente no ano passado, as exportações agrícolas do país aumentaram 13 % em relação ao ano anterior. No Congresso Nacional do Brasil, a influente bancada do ruralista tem o poder, quando se trata em enfraquecer o licenciamento ambiental ou diminuir o controle do trabalho análogo ao de escravo. Com a campanha publicitária “Agro é Pop, Agro é Tech, Agro é Tudo“, a gigantesca Rede Globo buscou criar uma imagem positiva e moderna do setor agrícola e mostra-o como um modelo de sucesso e com alto potencial de desenvolvimento. Perante o crescimento da população mundial e do aumento do consumo de carne, o agronegócio quer contribuir no abastecimento mundial de alimentos.
O lado negativo do (suposto) modelo de sucesso está intencionalmente aliado, a expansão da terra agrícola para a produção de soja ou de cana-de-açúcar com o uso forte de pesticidas e sementes geneticamente modificada (GM). Afetando a população regional e os ecossistemas ricos em espécies. Concentração de terras e conflitos socioeconômicos se intensifica. Quais são as tendências atuais no agronegócio brasileiro? Qual o impacto disso nas condições de trabalho e vida da população nas áreas afetadas? Como se defendem os agricultores familiares, comunidades tradicionais e povos indígenas? Qual o papel dos atores estatais nos conflitos pela Terra? Quais são as relações entres as grandes mídias e o agronegócio? Qual o papel das relações comerciais entre Brasil e a União Européia e o comportamento do consumidor local nesse aspeto? Gostaríamos de conversar sobre essas e outras questões com os nossos convidados.
2018 também é ano eleitoral no Brasil. A sociedade está profundamente dividida depois da grave crise econômica, mudanças no poder político e escândalos de corrupção. O candidato mais promissor, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, é condenado por corrupção e poderá ser preso. Dos outros candidatos, Jair Messias Bolsonaro, evangélico e da extrema-direita tem chances reais de ser eleito presidente. Movimentos sociais e organizações populares consideram direitos humanos e a democracia em perigo. Qual é a sua avaliação da situação no ano eleitoral?
Além disso, vamos relatar sobre o décimo quarto Fórum Mundial Social (13-17 de março de 2018 em Salvador da Bahia). Neste contexto queremos debater sobre forças criativas, idéias transformacionais e a resistência da sociedade civil aos cortes dos programas sociais e a mercantilizarão dos recursos naturas que é patrimônio da sociedade.